É triste, realmente é muito triste perceber que nos tempos
atuais as pessoas não sabem mais se relacionar. Um Zé regrinha que não levou
sorte na vida inventou que ninguém deve se importar com o outro e agora temos um
mundo de gente que só olha para o próprio umbigo. Não pode ligar, não pode
demonstrar que se importa, dizer que sente algo então é assinar o recebimento
do “Diploma de trouxa”.
Essa falta de contato
e de valorização do outro tem se dado em todos os níveis de relação, não só nas
pseudo amorosas; tem se tornado cada vez mais raro encontrar alguém que se possa
chamar de amigo, irmãos passam dias sem se falar mesmo morando debaixo do mesmo
teto, pais e filhos já não se conhecem e encontrar alguém que cumprimente um desconhecido
é quase impossível.
As pessoas se conhecem numa noite, se divertem, se
identificam, mas não mantém contato nos próximos dias pois “o que vão pensar?” “eu
não vou ficar correndo atrás” “será que ele(a) não vai achar estranho?” .
Grandes amizades, amores ou parcerias se perdem, porque estamos presos a um
molde de relacionamento que alguém determinou.
Falta se doar, falta amar, falta viver, falta ser livre.
Gostou? Liga, manda um SMS, um WhatsApp, convida pra sair. Você é mulher? De
quê isso importa? Não queres os mesmos direitos? Esqueça o que ouviu sobre o
que deve ou não fazer, não se prenda ao machismo de achar que o homem sempre
deve tomar a iniciativa. Você é livre para fazer o que bem entender.
Que tal ao invés de usar as redes sociais para espalhar a
máxima “Mais amor, por favor”, dizer bom dia ao vizinhos, agradecer o garçom,
relembrar as palavrinhas mágicas que aprendemos quando criança? Ser educado,
ser grato, ser cordial também é ser humano, também é espalhar amor. Portanto só
peço: mais humanidade, por favor.
DG