sexta-feira, 15 de junho de 2018


Hoje eu não quero flores.
Quero andar na rua sem o crachá de puta.
Caminhar sem pressa e sem medo,
seguir sem o peso do teu olhar violento.
Quero ver no espelho um reflexo meu sem tuas marcas.
Quero me sentir bonita e inteligente,
eu quero ser suficiente.
Hoje eu não quero ser culpada por erros teus.
Quero falar com outras pessoas sem o rol de vagabunda,
me livrar da moralidade pífia do teu código de conduta
mostrar que a puta aqui
não foge à luta.


DG

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